quarta-feira, abril 30, 2025

Cartão de crédito: cresce golpe que rouba dados do cartão

Share

Cartão de crédito

cartão de crédito

Segundo relatório da Symantec, além do roubo de dados do cartão de crédito, cresceu também o número de e-mails maliciosos ligados ao coronavírus.

Atualmente, o Brasil ocupa a terceira posição em relação ao roubo de dados do cartão de crédito de consumidores online, conhecido como ataques formjacking, de acordo com o mesmo relatório que foi divulgado na última semana.

Dados da empresa revelam que o número de ataques de formjacking subiu de 7.633 no último trimestre de 2019 para 7.836 no primeiro trimestre deste ano.

Para a Symantec, o crescimento está relacionado à lucratividade da tática criminosa que é muito simples. Afinal, não é necessário inserir códigos maliciosos em todo site, mas sim nos formulários de pagamento apenas.

Coronavírus tornou-se isca dos golpistas para golpe do cartão de crédito

Juntamente com o coronavírus cresceu também o interesse da população por mais informações a respeito e como consequência o aumento dos golpes.

Somente no mês de fevereiro, a Symantec chegou a bloquear aproximadamente cinco mil e-mails maliciosos que levavam os nomes de “coronavírus”, “corona” e “Covid-19”. 

Na medida em que a pandemia foi avançando, avançaram também os ataques. No mês de março, o número de e-mails fraudulentos saltou para 82 mil, um aumento de 1542%.

Ameaças a e-mails corporativos

De acordo com um relatório do FBI, os ataques a e-mails corporativos são os crimes mais perigosos e ao mesmo tempo mais eficazes também.

O relatório mostra que a tática rendeu para os criminosos cerca de US$ 1,77 bilhão somente no ano passado. 

De janeiro a março deste ano foram detectados pela Symantec 30.758 ataques direcionados a empresas. 

Apesar do número ser alto, ele é menor do que o número registrado no último trimestre de 2019 que chegou em 41.789 tentativas de golpe.


Veja também:


Cresce também ataques de phishing além do golpe de cartão de crédito

Os ataques de phishing que haviam mostrado um declínio acentuado em 2019 voltaram a crescer, e mostraram um aumento significativo no primeiro trimestre deste ano. Eles correspondem a 1 e-mail a cada 4.200 enviados.

Por conta da oferta de kits de phishing mais sofisticados nos mercados da deep web, houve novamente um interesse maior por essa modalidade de golpe.

Contudo, uma parte do aumento também pode estar relacionada ao crescimento do envio de mensagens maliciosas ligadas à Covid-19.

Dispositivos inteligentes também estão sofrendo mais ataques

Os dispositivos com Internet das Coisas (IoT) considerados dispositivos inteligentes, também são alvos dos cibercriminosos. 

Desse modo, as ferramentas que simulam falhas de segurança para atrair invasores e colher informações da empresa sofreram 13% mais ataques no início deste ano quando comparado ao quarto trimestre do ano passado.

No entanto, o número de endereços IP exclusivos que executam ataques de IoT diminuiu aproximadamente 14% neste mesmo período.

O que esse dado mostra é que mesmo as botnets sendo mais agressivas na execução dos ataques, o tamanho relativo delas diminuiu.

Além disso, a maior parte dos ataques teve origem nos Estados Unidos (23%) seguido de China (19%) e Taiwan (13%). O Brasil ocupa a sétima posição do ranking com 6%, ficando atrás de Vietnã (12%), Coréia do Sul (8%) e Rússia (7%).

Aqui os maiores ataques são relacionados a cartões de crédito, modalidade que ocupamos a terceira posição mundial. Gostou deste artigo? Deixe o seu comentário, sua sugestão e compartilhe esta notícia nas redes sociais.

José Carlos Sanchez Júnior
José Carlos Sanchez Júnior
José Carlos é escritor e redator com formação acadêmica em Administração de Empresas e MBA em Gestão Financeira Controladoria e Auditoria formado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Read more

Local News