quinta-feira, novembro 7, 2024

Fintech Meu Tudo recebe aporte e vai lançar linha de crédito própria

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Fintech Meu Tudo

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A fintech Meu Tudo, vai lançar uma linha de crédito própria após receber um aporte da Domo Invest.

Atualmente, a startup Meu Tudo possui um Market Place com ofertas de 9 bancos, e atende aproximadamente 100 mil aposentados e pensionistas do INSS. Por conta de um aporte de R$ 12 milhões, a fintech vai lançar a sua própria linha de crédito no segundo semestre.

O aporte será feito pela Domo Invest que é uma gestora de venture capital. A empresa tem em seu quadro de sócios Rodrigo Borges que foi um dos fundadores do Buscapé.

O Meu Tudo foi fundado no ano de 2017 por Marcio Feitoza e Felipe Oquendo com uma proposta de ser um marketplace de crédito consignado. Hoje a startup conta com ofertas de nove bancos.

Com o aporte, fintech Meu Tudo cresce no mercado de crédito

Atualmente, Olé, Santander, BMG, Cetelem, Banco Pan, CCB (China Construction Bank), Daycoval, Safra e Bradesco são os bancos que oferecem empréstimo consignado no marketplace.

Com o novo aporte da Domo, o marketplace, no entanto, passará a oferecer a sua própria linha de crédito já no próximo semestre. Isso vai acelerar o crescimento da fintech e fortalecer os canais de apoio ao cliente.

A proposta do Meu Tudo é focada no atendimento de aposentados, pensionistas e servidores públicos municipais, estaduais e federais. Todo o processo de contratação do crédito é digital, e pode ser feito em apenas 10 minutos.

Segundo Felipe Andrade, sócio da Domo Invest, existem boas startups de crédito no mercado, mas no segmento de crédito consignado não havia nenhuma empresa com as mesmas condições que a Meu Tudo.

Além disso, a pandemia de coronavírus acelerou ainda mais o crescimento da startup. Um dos principais motivos para isso é que por possuir um público mais velho, antes da pandemia muitos clientes preferiam ir até uma agência bancária.

Agora, esse público-alvo está se voltando mais para a internet, e experimentando contratações de crédito online.

Crescimento foi bastante significativo neste início de ano

Para se ter uma ideia, em 2019 a fintech Meu Tudo contava com uma carteira de aproximadamente 28 mil clientes. Contudo, desde o começo deste ano o número saltou para 97 mil, o que mostra a mudança de hábito de consumos devido ao isolamento social.

Por conta disso, hoje o giro mensal de empréstimo na fintech é de R$ 50 milhões, mas a meta é chegar em R$ 100 milhões de empréstimos realizados todo mês até o final deste ano.

O número de funcionários também cresceu. Desse modo, de 40 colaboradores, hoje a fintech já está com 80 colaboradores.

O faturamento da empresa se dá através de comissões no fechamento da operação do crédito consignado, além de uma outra comissão ao longo do tempo do contrato.

O próximo passo da empresa, será portanto, criar sua própria linha de crédito de R$ 250 milhões que já deverá estar disponível no próximo semestre deste ano.


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A fintech Meu Tudo está procurando se estruturar nesse segmento

Para atuar diretamente com a oferta de crédito, a empresa está negociando um acordo com uma gestora especializada em crédito consignado.

Um dos principais objetivos da empresa é criar um Fundo de Investimento em Direito Creditório (FIDC), para captar os recursos que serão oferecidos para os clientes de crédito consignado.

Além disso, o Meu Tudo também vem negociando com um parceiro de tecnologia o serviço de banking as service, para poder oferecer o crédito próprio. Afinal, a empresa ainda não possui a licença do Banco Central para prestar o serviço.

Uma longa tradição no mercado de crédito

Feitoza, um dos sócios da Meu Tudo, já vem de uma família com uma longa trajetória na área de empréstimo consignado. Desde o ano de 1998, o grupo familiar CMF atua neste segmento por meio de diversas empresas.

A primeira foi a Facility, que além da oferta de crédito consignado também oferecia diversos outros tipos de serviços financeiros.

Posteriormente, o grupo familiar criou a Facility Card, que prestava serviços a outros bancos, administrando o limite de 30% do salário das pessoas que pode ser comprometido com esse tipo de empréstimo.

Atualmente, o grupo familiar CFM conta com nove empresas na área de tecnologia e finanças, sendo uma delas a startup Meu Tudo.

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José Carlos Sanchez Júnior
José Carlos Sanchez Júnior
José Carlos é escritor e redator com formação acadêmica em Administração de Empresas e MBA em Gestão Financeira Controladoria e Auditoria formado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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