sexta-feira, maio 16, 2025

Juros do Cartão de Crédito e Cheque Especial ficaram mais caros

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Os Juros do cartão de crédito e cheque especial estão mais caros. Apesar do anúncio do corte da taxa SELIC, a taxa média rotativa do cartão subiu, portanto, 0,7 pontos percentuais em comparação a outubro.

Desse modo, a taxa chegou à 318,3% ao ano. O cheque especial também teve alta de 0,7 pontos. A taxa média é, dessa maneira, baseada nos dados dos consumidores adimplentes e inadimplentes. 

Considera-se adimplentes os clientes que pagam ao menos o valor mínimo da fatura em dia. Para eles, a taxa foi de 293,9% ao ano. Já os clientes que atrasam ou estão com a fatura atrasada, tiveram um juros reduzidos em 3,7% indo para 334,8% ao ano.

Para os clientes que optam em parcelar a fatura os juros são mais atraentes. Nesse caso a taxa chegou a 178,8% ao ano. Um aumento de 4,4 pontos percentuais em relação a Outubro.

Juros do Cheque Especial

O cheque especial teve uma alta de 0,7 pontos percentuais no comparativo entre novembro e outubro. Dessa forma, o valor chegou a 306,6% ao ano.

Essa é uma das modalidades mais questionáveis no que diz respeito a cobrança de juros. Por isso, no ano passado foi criada uma medida de autorregulamentação por parte das instituições financeiras do país.

Os correntistas que usam mais de 15% do limite do cheque especial durante 30 dias consecutivos poderão, portanto, optar por parcelar o valor com taxa de juros menores que a do cheque especial.

No entanto, essa medida não surtiu o efeito esperado na redução de juros do cheque especial. Em virtude disso, o Banco Central criou mais uma regra para essa modalidade. A partir de 06 de Janeiro de 2020 os bancos não poderão cobrar taxas superiores a 8% ao mês.

Isso corresponde dizer que o valor médio anual da taxa do cheque especial será de 151,8% ao ano. E a partir de Junho de 2020, limites acima de R$ 500,00 terão uma cobrança de 0,25% do montante que exceder R$ 500,00. Essa decisão foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional.

De acordo com especialistas do próprio Banco Central, essa medida torna essa modalidade de crédito menos regressiva. Em outras palavras, será menos prejudicial para a população mais pobre e com menos escolaridade.

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Juros do Crédito Pessoal

O crédito pessoal também teve alta na taxa de juros. Na comparação de Outubro para Novembro a taxa cresceu em 3,9 pontos percentuais chegando em 103% ao ano na modalidade não consignado.

Para o crédito consignado, que possui desconto direto na fonte, a taxa caiu 0,3 pontos percentuais, chegando em 20,6% ao ano.

Ainda segundo o Banco Central, a taxa de juros para pessoa física teve um leve aumento em 0,6 pontos percentuais, atingindo a média de 50,2% ao ano. O empréstimo para pessoa jurídica caiu 0,3 pontos percentuais chegando em 17,3% ao ano.

Inadimplência e Juros do Cartão de Crédito e Cheque Especial

A inadimplência, considerados atrasos acima de 90 dias, manteve-se estável em 5% nos empréstimos para pessoa física. Entre as pessoas jurídicas houve queda de 0,1 ponto percentual, atingindo a marca de 2,4% ao ano.

Esses dados correspondem ao crédito livre, onde a instituição financeira tem total autonomia para captar o dinheiro no mercado e repassar para os clientes a uma taxa de juros acordada entre ambas as partes.

Já nos créditos direcionados pelo governo como financiamento imobiliário, infraestrutura e microcrédito os juros caíram 0,2 pontos percentuais, chegando em 7,4% ao ano. Para as pessoas jurídicas a queda foi de 0,4%, registrando 7,6% ao ano.

O saldo dos empréstimos fechou novembro com um crescimento de 1,1% em relação a outubro. No ano, o crescimento foi de 4,7%, e nos últimos 12 meses, foi de 6,3% considerando de novembro de 2018 até novembro de 2019.

Dessa forma, o saldo do crédito cresceu 0,4 pontos percentuais em relação a outubro, correspondendo a 47,3% de tudo o que o Brasil produz. Gostou desse artigo? Compartilhe com os amigos nas redes sociais. E não esqueça de deixar o seu comentário!

José Carlos Sanchez Júnior
José Carlos Sanchez Júnior
José Carlos é escritor e redator com formação acadêmica em Administração de Empresas e MBA em Gestão Financeira Controladoria e Auditoria formado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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