Bradesco

O Bradesco acaba de dar um passo muito importante rumo à sua expansão no México. Um dos bancos mais tradicionais do Brasil acaba de adquirir uma instituição financeira focada em pessoas físicas no país vizinho. A empresa é a Ictineo Plataforma, uma Sociedade Financeira Popular.
Além de oferecer planos de poupança, também oferece empréstimo a todas as pessoas que são associadas à instituição. A compra será concluída por meio da Bradescard México, que já está no país há pouco mais de 12 anos, sendo hoje uma das principais financeiras que oferece crédito ao consumo no segmento.
“A aquisição da instituição Ictineo Plataforma nos abrirá uma nova frente de negócios financeiros de alto potencial de crescimento no México, um país de vários predicados, como o fato de ser o segundo maior PIB da América Latina”, disse Octavio de Lazari Junior, atual presidente do Bradesco.
Bradesco digital no México
A compra da financeira mexicana foi a segunda anunciada na mesma semana pelo Bradesco, que também comprou 51% da gestora de fundos de investimento do Banco BV. Com a nova aquisição, o Bradesco poderá atuar de forma semelhante aos bancos digitais no Brasil, como Nubank e C6 Bank.
“Queremos focar em uma estratégia digital para a Bradescard México. O primeiro passo será oferecer a conta digital, o empréstimo consignado, e a conta de investimentos”, comentou o diretor da Bradescard México, Alexandre Monteiro. Inclusive, o México também tem sido foco de expansão do Nubank, que teve a base de clientes aumentada em 6 vezes em apenas um ano.
Ao final do segundo trimestre de 2022, foram contabilizados mais de 2,7 milhões de novos clientes do Nubank no México, e acabou se tornando o maior emissor de cartão de crédito do país. Essa também é uma meta da Bradescard com a aquisição da Ictineo, ser uma das maiores emissoras de cartão nos próximos cinco anos.
Hoje são mais de 3 milhões de clientes administrados pela empresa. E enquanto o Nubank e o Bradesco disputam espaço no mercado mexicano, o Citigroup está se retirando do México. No início de 2022, o Citi anunciou em nota que quer deixar de operar no varejo no México e passar a vender o Banamex.
Segundo o Estadão, alguma instituição local provavelmente comprará o Citigroup. Algumas especulações giram em torno da aquisição da empresa por parte da Banorte, Inbursa, Grupo Financeiro Mifel e o Germán Larrea.
Crescimento dos bancos digitais
Em decorrência da pandemia e do isolamento social, o alcance de segmentos virtuais cresceu muito. No caso dos bancos digitais, ele foi de 78% entre 2018 e 2021. Segundo pesquisas, pelo menos 44% dos brasileiros já utilizam serviços financeiros digitais. Este cenário coloca o Brasil em uma ótima opção.
Para sermos mais precisos, o Brasil entra na 3ª posição, perdendo somente para a Arábia Saudita e Emirados Árabes.
“Os bancos digitais que já estavam preparados para atender com qualidade pelo celular, sem a interação presencial com o cliente, se destacaram e atraíram um público ainda maior com a pandemia”, comenta Marcelo Pereira, diretor financeiro de uma das instituições que atua no segmento, a Popibank.
Segundo a Global Digital Banking Index 2021, o fato se explica também por os brasileiros passarem muito tempo no celular. Os EUA também tiveram um crescimento na época, saindo de 14,3% em 2018 para quase 19% no final de 2020, primeiro ano da pandemia.
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