Taxa Selic

Os aumentos constantes na Taxa Selic tem há algum tempo pressionado para cima a taxa de juros nos empréstimos empresariais. Isso acontece porque os empréstimos destinados para as empresas possuem uma participação maior da taxa de captação.
Essa taxa de captação é fortemente influenciada pela Selic, ao contrário do que acontece com os juros para pessoas físicas que são mais influenciados pelo spread bancário. Por conta disso, o custo do empréstimo livre para empresas subiu de 14,5% em junho para 15,4% em julho.
Para se ter uma ideia, essa taxa iniciou o ano em 11,6%, o que vale dizer que houve um crescimento de 32,7% na captação de recursos junto a bancos pelas empresas. Quer saber mais sobre esse aumento? Continue só mais 3 minutinhos por aqui.
Como a Taxa Selic influencia a taxa de juros para as empresas?
Conforme dissemos, a Taxa Selic exerce uma grande influência sobre a taxa de captação, sendo que essa taxa possui uma maior participação nos empréstimos para empresas. Portanto, quando a Selic aumenta, a taxa de juros para as empresas também tende a aumentar.
Sendo assim, do início deste ano até o mês de julho, o aumento na taxa de juros para empresas foi de 32,7% na captação de recursos junto a bancos. Ou seja, as taxas saltaram de 11,6% no início do ano para 15,4% em julho.
Como espera-se que a Selic continue tendo novas altas, é bem possível que a Taxa de juros para empresas sofra novos aumentos ainda no decorrer deste ano. De acordo com o último relatório Focus, a expectativa dos analistas é que a Taxa Selic termine o ano em 7,5%.
Como consequência, há uma grande probabilidade das empresas deixarem de tomar empréstimo para investimento em produção, o que pode acarretar em uma desaceleração econômica ainda maior para o próximo ano.
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E o que mais a alta na Selic afeta?
Além do custo no empréstimo para empresas, a Taxa Selic também afeta o custo dos empréstimos para as famílias que começou o ano em 37,2% e hoje marca 39,8%. No entanto, essa taxa é um pouco menos influenciável.
Inclusive, a expectativa do governo com a criação do Open Finance é que no longo prazo os juros de empréstimos para pessoa física venham a diminuir para os consumidores. Afinal, isso vai aumentar a concorrência na concessão de crédito.
No entanto, o que se vê até aqui é que por conta desse aumento na taxa de juros, a inadimplência voltou a subir, saindo de 4,03% em junho para 4,1% em julho. Um mês antes essa taxa havia registrado queda.
De acordo com alguns analistas da Boa Vista, a queda registrada em junho foi temporária e a tendência é que a taxa continue subindo, pois o mercado de trabalho não trouxe nenhum dado capaz de reverter essa tendência.
Fora isso, o comprometimento do orçamento familiar com o pagamento de dívidas continua em patamares elevados. Portanto, o aumento na taxa Selic poderá comprometer o crescimento da economia brasileira se não for contido.
Expectativa é de baixo crescimento para 2022
Diante de um cenário de inflação elevada, o Copom vem aumentando a taxa Selic para tentar conter o aumento de preços. No entanto, esses contínuos aumentos podem impactar negativamente a economia brasileira.
Afinal, o aumento de juros em uma economia de baixo crescimento pode agravar ainda mais o desemprego no país, aumentando a desigualdade social e comprometendo ainda mais a renda de diversas famílias brasileiras.
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