Taxa Selic
Na última reunião do Copom (Comitê de Políticas Monetárias) houve um dos maiores reajustes da taxa Selic dos últimos 18 anos. O Comitê aumentou em um ponto percentual a Selic que agora chegou a 5,25% ao ano.
Em janeiro, a taxa Selic estava em sua mínima histórica em 2% ao ano. Agora, com essas consequentes altas e uma perspectiva futura de outros aumentos, os ativos de renda fixa estão se tornando ainda mais atraentes.
Inclusive, diversas corretoras de investimentos já estão voltando a aumentar a renda fixa em seus portfólios de ativos. Mas, afinal, por que o Copom está realizando o aumento da Taxa Selic de maneira tão agressiva?
O que está por trás do aumento da Taxa Selic?
O aumento da Taxa Selic está acontecendo como uma tentativa do governo de conseguir conter o aumento da inflação que deve fechar este ano em 6,5%. Esse valor é superior ao teto da meta de inflação, e alguns analistas acreditam que o BC demorou para agir.
Ao elevar a taxa básica de juros da economia, o Banco Central procura desestimular o consumo, afinal, aplicar o dinheiro está novamente mais atraente do que consumir, embora mesmo com a alta, a rentabilidade da renda fixa deverá ser inferior à inflação em 2021.
Segundo o Boletim Focus desta semana, a expectativa é que a Taxa Selic termine o ano de 2021 em 7,5%. Alguns analistas um pouco mais agressivos acreditam até que ela chegue a 8% ainda este ano para conseguir conter a inflação.
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Então a renda fixa realmente ficou mais atrativa?
Com esse aumento da taxa Selic, investir na renda fixa tornou-se mais atrativo. Inclusive o Tesouro Selic 2024 está com uma rentabilidade bastante atraente. O próprio PicPay também está oferecendo uma rentabilidade superior para os seus clientes.
Embora tenha diminuído o percentual em relação ao CDI de 130% para 120%, ainda assim a rentabilidade final melhorou. Afinal, com a Selic a 4,25%, 130% do CDI representava algo em torno de 5,5% anual, agora, com a Selic em 5,25%, 120% do CDI representa 6,30% ao ano.
Além do PicPay, uma outra boa possibilidade é o CDB prefixado emitido pelo Banco Master que possui garantia FGC e está remunerando os seus investidores com 140% do CDI com um ano de prazo de resgate. Isso representa uma rentabilidade de 7,35% ao ano.
Portanto, por se tornar mais atraente é normal que haja uma movimentação de ativos de renda variável para ativos de renda fixa. Ou seja, o capital sai de ações de empresa para serem alocados em títulos, o que diminui a capacidade produtiva da economia.
O mesmo é observado no consumo. Com o aumento da rentabilidade, muitas pessoas optam por guardar dinheiro ao invés de consumir. Além disso, os financiamentos imobiliários se tornam menos atraentes, desaquecendo a construção civil também.
Contas públicas também são afetadas com essa alta
Além de se tornar uma opção mais atraente para os investidores e de desestimular o consumo para tentar conter a inflação, o aumento na Taxa Selic também traz um grande impacto nas contas públicas.
Afinal, os juros da dívida pública se tornam mais altos, e passam a representar um valor maior no orçamento do governo. Por isso, quanto mais aumentar a taxa selic maior é a chance do risco país se elevar também.
Por conta disso, o governo não pode demorar para agir quando a inflação dá sinais de sair do controle. E o que vimos foi que a atual equipe econômica demorou para aumentar a taxa selic, embora a situação não tenha saído da normalidade.
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