Aumento da Selic

Neste ano de 2021 estamos acompanhando um cenário bastante inusitado: alta inflação com baixo consumo. No entanto, o Copom (Conselho de Políticas Monetárias) parece não estar fazendo a leitura correta da situação.
Afinal, a Selic já sofreu 4 aumentos consecutivos somente neste ano, sendo que o último aumento foi marcado por ser o maior dos últimos anos. Ou seja, o conselho aumentou a Selic em 1 ponto percentual, saindo de 4,25% ao ano para 5,25%.
No entanto, a situação ainda pode ficar pior, pois a expectativa dos analistas de mercado é que a taxa básica de juros chegue a 8% no final deste ano. Com isso, diversos setores poderão sofrer um impacto bastante alto, dentre eles os financiamentos imobiliários.
Como a Selic afeta os financiamentos imobiliários?
Quando os bancos determinam a taxa de juros dos financiamentos imobiliários eles levam em consideração diversos fatores, sendo que a expectativa dos juros futuros é o que mais pesa na hora de determinar as taxas.
Hoje, segundo o Banco Central, as taxas médias de crédito imobiliário estão em torno de 7,5% ao ano. Isso diante de uma Selic a 5,25%. Ao pensar em um aumento da taxa básica de juros para 8% é possível que os juros do financiamento imobiliário superem os dois dígitos.
Portanto, tanto na modalidade SAC (Sistema de Amortização Constante) quanto na modalidade Price (Sistema de Amortização Crescente), o aumento na taxa de juros encarece o valor pago pelo comprador do imóvel no decorrer dos anos.
Sendo assim, essa perspectiva de aumento na taxa de juros futura tira a atratividade de quem deseja adquirir um imóvel, o que consequentemente acaba desestimulando o setor gerando menos emprego e renda.
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Como fica o setor da construção civil diante do aumento da Selic?
Com o aumento da taxa Selic há um desestímulo ao financiamento de imóveis. Portanto, com essa queda na procura, os preços de imóveis tendem a cair ou então se manterem estáveis. E isso pode representar um bom momento para quem tem poder de compra.
Pois, com preços mais atrativos, quem tem condições de fazer uma compra de imóvel à vista, poderá encontrar boas oportunidades no mercado. Além disso, o momento também torna o consórcio uma boa opção para quem deseja fazer uma compra de longo prazo.
É importante entender que o consórcio possui uma taxa de administração fixa pelo prazo integral, o que é diferente dos juros compostos do financiamento. Por isso, o valor final de pagamento será bastante reduzido.
Dessa forma, o que deverá acontecer nos próximos meses é uma migração de financiamento imobiliário para o consórcio, embora seja inevitável uma queda na procura, visto que o financiamento é o maior impulsionador do setor.
Não vale mais a pena financiar um imóvel?
Para quem deseja financiar um imóvel, o momento ainda segue oportuno, uma vez que as últimas altas na Taxa Selic ainda não impactaram diretamente os juros do financiamento imobiliário. No entanto, é importante não demorar.
Afinal, a expectativa é que logo na próxima reunião do Copom tenha uma nova elevação da Taxa Selic. Ale Boiani, CEO, gestora e fundadora do grupo financeiro 360iGroup, destaca que embora ainda seja um bom momento para financiar, é importante levar em consideração a possibilidade de fazer uma carta de crédito.
Até porque, com a queda na procura, haverá mais oferta no mercado, e praticamente pagando uma taxa bem baixa, o comprador conseguirá encontrar boas alternativas para investir. Portanto, o momento pede análise e cautela.
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