Santander
A Ebury, uma fintech da Inglaterra, controlada pelo banco Santander, acabou de comprar o Bexs Banco, que foi criado em 1989 sendo uma das corretoras de câmbio mais antigas do mercado.
A Ebury foi fundada em Londres por Juan Lobato e Salvador Garcia. Ela teve grande destaque na Europa principalmente por facilitar transferências internacionais entre pequenas, médias e grandes empresas, sendo que a plataforma funciona de forma semelhante a TransferWise que faz pagamentos instantâneos para o mundo inteiro.
Em 2020, a fintech atraiu o Banco Santander, que desembolsou 400 milhões de euros para controlar a Startup. Anualmente, ela movimenta algo em torno de US$ 23 bilhões sendo que já está atuando em mais de 20 países e mais de 1400 pessoas foram empregadas.
Negociações no Brasil
As operações no Brasil ainda estavam muito lentas, com apenas 17 funcionários, mas as ambições para que elas aumentassem no Brasil estavam claras desde que o banco colocou Sérgio Rial para ser o novo líder do conselho de administração.
O caso é que aqui no Brasil a empresa ainda não tinha o aparato regulatório necessário para fazer transferências internacionais, o que aproximou o banco da Bexs, já que a casa de câmbio se especializou no desenvolvimento de integrações para viabilizar e facilitar transações realizadas de um país para outro. Com isso, os micropagamentos em massa se tornaram viáveis para pequenas empresas.
O Bexs já foi responsável por processar transações de mais de 50 milhões de brasileiros, com uma solução de tecnologia que integra o Pix aos meios de pagamento. Desse modo, as operações de câmbio da empresa já ultrapassaram os R$ 20 bilhões.
Inclusive, a solução da Bexs também já ajudou as Lojas Americanas a incluir vendedores da China no Marketplace. Embora os consumidores possam não saber, ao comprar produtos de um vendedor chinês nas Lojas Americanas, eles utilizam o motor desenvolvido pelo banco.
De acordo com Sergio Rial, “O Bexs é uma empresa mais tech do que fin, capaz de aliar soluções escaláveis globalmente a uma profunda expertise em regulação cambial. As possibilidades de sinergias são quase ilimitadas”.
As previsões da fintech para os próximos anos
A aposta da fintech é que em um futuro próximo, pequenas e médias empresas nacionais serão capazes de fazer transferências internacionais e negociar com companhias do mundo inteiro por meio das tecnologias criadas pela Ebury. Sem as facilidades que a empresa de tecnologia vem proporcionando, dificilmente as pequenas empresas conseguem vender internacionalmente devido à alta burocracia e os altos custos de transferências e taxas.
Segundo a Bexs, a Ebury pretende impulsionar negócios internacionais de pequenas e médias empresas. Além disso, a companhia também está mirando no setor agropecuário, de modo a viabilizar a exportação de frutas, verduras e legumes, além de outras mercadorias para o exterior. A empresa está de olho no setor porque é um dos que mais movimentam dinheiro no Brasil e no mundo.
Além disso, a transação com o Bexs Ainda não teve o seu valor divulgado, mas em 2021, o banco faturou em torno de R$ 197 milhões com a intermediação financeira para outras empresas, e teve um prejuízo de R$ 3,4 milhões. Atualmente, o banco possui 150 funcionários no Brasil sendo que a grande maioria faz parte do time de tecnologia.
O Banco Santander vem se expandindo para todos os lados, principalmente depois de ter criado o seu banco digital para competir à altura com os últimos bancos que surgiram no Brasil e tomaram uma grande fatia do mercado, a exemplo como Nubank, C6 Bank e Banco Inter. O mais recente banco digital que está fazendo muito sucesso na região Nordeste é o Will Bank.
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