Bancos digitais
Há quatro anos, quando se falava em bancos digitais, a maioria dos brasileiros olhava com desconfiança para o tema. Hoje isso já mudou e a cada ano que passa as pessoas estão mais abertas a aceitar essa nova tecnologia.
De acordo com uma pesquisa recente do C6 Bank / Ipec, 79% dos brasileiros declararam que já possuem uma conta em um banco digital e em algumas instituições sem agências físicas. No entanto, os bancos tradicionais ainda continuam fortes.
Segundo um levantamento da Akamai Technologies em parceria com a Cantarino Brasileiro, 70% dos brasileiros possuem contas tanto em bancos digitais como tradicionais. Isso mostra uma divisão entre espaço online e físico.
Número de contas digitais dobrou no país
A mesma pesquisa da Akamai Technologies foi feita em 2020 e na ocasião, o número de pessoas que tinham contas digitais era de apenas 37%, sendo que o número de pessoas que tinham conta apenas em bancos tradicionais caiu de 57% em 2020 para 21% em 2022.
De acordo com a pesquisa, o crescimento dos bancos digitais é esperado e observado ano a ano. Entretanto, a surpresa é que quem só tinha conta em banco digital abriu uma outra em um banco tradicional em 2022.
Entretanto, o que se observou é que o número de pessoas que tinham contas somente em bancos tradicionais caiu de 57% em 2020 para 21% em 2022, ou seja, mais da metade. Esses dados revelam uma mudança no comportamento do brasileiro.
Em resumo, as pessoas passaram a se relacionar de forma mais digital com o seu dinheiro, perdendo um pouco o receio de mantê-lo em um banco digital. Afinal, já começaram a sentir segurança nisso.
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População jovem é a mais conectada
Como era de se esperar, a pesquisa da Akamai, revelou que o fator predominante na escolha entre um banco tradicional e digital é a idade da pessoa. O mesmo também foi observado na pesquisa do C6 Bank / Ipec que apontou que o percentual de brasileiros que usam os bancos online subiu para 91% entre quem tem 24 a 34 anos.
Na pesquisa da Akamai o cenário também é próximo, sendo que os bancos digitais são preferidos por 89% entre jovens de 20 a 29 anos, enquanto que 81% dos entrevistados entre 30 e 39 anos disseram aderir ao sistema digital.
Claudio Baumann, diretor geral da Akamai Technologies para América Latina diz que o fato de controlar os dados pela palma das mãos conquista mais o público jovem. As facilidades proporcionadas são alguns diferenciais que favorecem essa migração.
Felipe Wey, head de segmento de Alta Renda do C6 Bank, diz que a digitalização dos serviços financeiros avançou de maneira consistente nos últimos anos e isso conquistou todos os perfis de clientes.
Pix favoreceu as mudanças
O Pix, que foi implementado em novembro de 2020 no Brasil, foi um dos fatores que impulsionou a digitalização. A adoção a essa nova tecnologia foi rápida, sendo que em um ano 82% dos entrevistados já tinham cadastrado sua chave.
Neste ano o número subiu para 92% segundo a pesquisa da Akamai. E no ano passado o WhatsApp Pay também passou a funcionar, o que permitiu uma quebra de paradigmas na hora de enviar e receber dinheiro.
Entretanto, quando o assunto é guardar dinheiro, o brasileiro ainda é bem conservador. Por isso, de acordo com a pesquisa, em média 17% de quem usa os bancos tradicionais utilizam a poupança, já nos bancos digitais esse percentual cai para 5%.
Vale apontar que o estudo da Akamai foi feito por meio de entrevistas em um painel online e ouviu 1.118 brasileiros em todas as regiões do país entre abril e junho de 2022, com o intuito de avaliar o uso dos bancos no Brasil.
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