As fintechs e startups realmente vieram para revolucionar o mercado financeiro. No último ano, 40% dos brasileiros já usaram cartão de crédito dessas instituições.
Esse número foi levantado em uma pesquisa realizada pela CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil em parceria com o Sebrae. De acordo com o presidente da CNDL, José César da Costa, esse crescimento está relacionado com a qualidade da experiência do usuário.
Para José César da Costa, as fintechs passaram a atender uma parcela da população que até então não estava encontrando amparo nos bancos tradicionais.
Os bancos digitais estão se diferenciando no cartão de crédito
Para o presidente da CNDL, a funcionalidade e fluidez dos aplicativos também contam bastante para esse crescimento. Além disso, a agilidade e transparência contrasta com a burocracia e lentidão das instituições tradicionais.
A pesquisa, constatou também que 45% dos consumidores do país, utilizaram ou estão utilizando serviços de algum banco digital nos últimos 12 meses.
Com destaque para o pagamento de contas que representa 16%, seguida de verificação de extrato e saldo com 14%, saque de dinheiro 11%, realização de pagamento com cartão de débito 11% e transferência de dinheiro 11%.
Um dado interessante é que 85% dos correntistas de bancos digitais também tem contas nos bancos tradicionais. Apesar de serem clientes das fintechs, eles continuam usando serviços dos bancos convencionais.
Para 38% deles, a facilidade na obtenção de crédito pelo tempo de conta é um dos fatores de peso, enquanto que para outros 33% o que pesa é o atendimento presencial quando este se faz necessário.
No entanto, ao serem indagados sobre a comparação dos serviços prestados, 55% dos pesquisados disseram que os bancos digitais oferecem melhores serviços. 25% disseram não ter preferência enquanto que somente 20% preferem os bancos tradicionais.
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⅓ desses consumidores já contam com serviços de investimentos digitais
Um outro ponto interessante da pesquisa está relacionado ao investimento. Se antes, investir parecia ser algo para poucos, com a chegada das fintechs essa realidade também mudou.
32% dos entrevistados disseram que já contrataram ao menos um tipo de serviços de investimento de fintechs nos últimos 12 meses.
Ao ser separado por modalidades, 30% contrataram serviços de corretoras de valores ou investimentos, outros 30% realizaram transações financeiras em plataformas on-line de moeda digital e 18% fizeram contratação de serviços automatizados de gerenciamento de investimentos, conhecidos como robôs advisors.
A facilidade está entre os principais motivos para se investir por meio de uma fintech, de acordo com 45% dos entrevistados. Já a rapidez é fator de peso para outros 44% e para 38% o que conta é a praticidade de ter todas informações quando precisa.
Cartão de crédito e empréstimo pessoal das fintechs
O empréstimo pessoal também foi um dos produtos bastante procurados nas fintechs. 19% dos entrevistados disseram que fizeram ao menos um empréstimo pessoal nos últimos 12 meses.
Dos que se dispuseram a informar a quantia emprestada, 21% pegaram até R$ 3 mil emprestado. O pagamento de dívidas foi o principal motivo para a tomada de empréstimo, representando 35% dos casos.
O pagamento de contas fixas para evitar dívidas veio na sequência com 23%, seguido pela intenção de abrir o próprio negócio com 19% dos casos. A pesquisa mostrou também que 32% dos casos tiveram que colocar algo em garantia para a tomada do empréstimo enquanto que para outros 54% isso não foi necessário.
83% das pessoas que tomaram empréstimo disseram ter realizado uma pesquisa de preços entre várias fintechs e bancos tradicionais. E para que a decisão fosse tomada, 44% levaram em consideração a taxa de juros, 34% o valor da parcela e 34% o valor disponível para o empréstimo.
A pesquisa ouviu 924 pessoas, sendo que dessas, 618 usam os serviços de uma fintech e continuaram a ser ouvidas no restante da pesquisa. Foram feitas entrevistas em todas as capitais brasileiras, com pessoas maiores de 18 anos, de ambos os sexos e das mais variadas classes sociais.
Para saber mais sobre a pesquisa, acesse esse link. Enfim, gostou deste artigo? Deixe o seu comentário e compartilhe essa notícia nas redes sociais.