segunda-feira, novembro 4, 2024

Games de recompensas dos bancos digitais valem a pena? Descubra!

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Bancos digitais

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Os bancos digitais se popularizaram muito nos últimos anos. E isso permitiu que muitas pessoas acessassem mais serviços financeiros. Cartões de crédito e empréstimos pessoais ficaram mais acessíveis para a população.

Atualmente, com poucos cliques nós já conseguimos ter um cartão de crédito em um banco digital. No entanto, diante desse crescimento surgiu também a necessidade de se expandir a educação financeira no país.

Em vista disso, muitas fintechs passaram a ajudar os seus clientes a se organizarem financeiramente por meio dos chamados “jogos”. Mas será que esse tipo de missão realmente vale a pena? É sobre isso que vamos falar neste artigo.

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Programa Nunos do Nubank

Um dos bancos digitais que recentemente criou um programa de missões para incentivar a educação financeira foi o Nubank. Chamado de “Nunos”, ele oferece recompensa para quem cumpre tarefas atreladas à jornada financeira.

Nessa primeira versão que está disponível para alguns correntistas, para cada duas missões realizadas em um mês você desbloqueia um “baú com um prêmio surpresa” e ao completar seis missões em um mês você desbloqueia o “super baú com uma recompensa ainda mais exclusiva”.

Essas missões são bem simples e tratam sobre usar o cartão de crédito ou débito, pagar os boletos pelo app, fazer a portabilidade do salário e até mesmo trazer mais dinheiro para sua conta através de transferências e investimentos.

As recompensas vão desde cupons de desconto no iFood até descontos na Shopee. E de acordo com alguns especialistas, isso acaba sendo um tanto quanto perigoso.


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A estratégia da gamificação dos bancos

Segundo Claudia Yoshinaga, coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da FGV EAESP, a estratégia de gamificação foi adotada por muitos bancos porque traz uma forma mais leve de ensinar e aprender sobre finanças.

No entanto, para tudo há um limite. Pois, se o cliente usa toda hora um serviço que normalmente não usaria só para receber as recompensas, os efeitos acabam não sendo tão positivos assim.

A especialista afirma que as recompensas podem estimular ainda mais o consumo, e por isso requerem um grande cuidado. Por exemplo, se o prêmio é um desconto em uma loja, ele está incentivando um consumo desnecessário.

Programa de recompensa do C6 Bank

Além do Nubank, o C6 Bank também já havia lançado um programa parecido, chamado de C6 Experience. A ideia é apresentar aos clientes todos os serviços da instituição de uma maneira bem divertida.

Cada tarefa que o cliente cumpre gera para ele uma medalha. E ao conquistar 3 medalhas ele então chega no primeiro nível do desafio acessando recompensas mais “básicas”. Ao conquistar 5 medalhas ele vai para o nível 2.

Nessa fase as recompensas são melhores. E ao desbloquear sete medalhas, é atingido o nível VIP que traz prêmios ainda maiores. Os desafios vão desde se cadastrar no programa até alcançar um valor determinado no cartão ou fazer uma recarga no celular.

As recompensas mudam de acordo com o nível, no nível um, elas podem ser descontos em cursos da Ideia 9. Já no nível dois, você ganha pontos Átomos que podem ser trocados por descontos na fatura ou até outros prêmios. No nível VIP as recompensas são mais de 350 pontos Átomos e pontos dobrados no programa de milhas da TudoAzul.

Cuidados com o programa da gamificação

Para Claudia Yoshinaga, os clientes precisam entender o que faz mais sentido dentro do jogo para eles. Ela diz que os bancos deverão focar mais em tarefas que ajudem a organização financeira, e não promovendo mais gastos.

Por isso, é preciso avaliar se aquele game realmente está contribuindo para melhorar suas finanças pessoais, ou se está apenas viciando você a fazer algumas ações somente para receber prêmios e consumir ainda mais.

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José Carlos Sanchez Júnior
José Carlos Sanchez Júnior
José Carlos é escritor e redator com formação acadêmica em Administração de Empresas e MBA em Gestão Financeira Controladoria e Auditoria formado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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