Recentemente, o Banco Central do Brasil escolheu o Itaú para criar uma nova solução de DeFi com stablecoins. Ao que parece, deverá ter uma paridade com o Real brasileiro. Essa é mais uma novidade do setor financeiro que aproxima ainda mais as instituições financeiras das criptomedas.
Isso também mostra que tanto os grandes bancos brasileiros quanto o Banco Central estão de olho e atentos a tudo o que está acontecendo no mundo das criptomoedas. Isso porque termos semelhantes DeFi e stablecoins surgiram justamente a partir de redes públicas, como o Ethereum.
Ainda assim, as inovações financeiras ameaçam de certa forma a sobrevivência dos bancos tradicionais, já que mostram que o poder de adaptação para o longo prazo é bem forte. Quer entender mais sobre a participação do Itaú com as stablecoins, e o que isso tem a ver com o nosso dinheiro oficial? Confira a seguir!
Banco Itaú criará DeFi com stablecoins
Já faz alguns meses que o Itaú vem se mostrando interessado em expandir os negócios para o mundo das criptomoedas, quando anunciou que lançaria uma corretora de Bitcoin. Ao fazer a divisão dos ativos digitais, o Itaú lançou um programa de tokenização, que deve utilizar blockchains para lançar os tokens aos clientes.
Na sexta-feira (26) de agosto de 2022, o Banco Central apresentou ao Itaú 8 projetos selecionados na quinta edição do LIFT Lab 2022. A iniciativa vem sendo coordenada pelo Banco Central, que fez uma parceria com a Fenasbac, Federação Nacional de Associações de Servidores do Banco Central.
“O LIFT LAB é uma oportunidade de interação com a sociedade na qual apresentamos o valor do BC na construção da inovação no SFN. A divulgação de uma nova edição, agora contemplando 8 projetos, representa um importante marco do LIFT LAB, que completa 5 anos de operação”, diz André Siqueira, chefe de divisão no Departamento de Tecnologia da Informação do Banco Central
Teoricamente, o funcionamento será similar ao de DeFis com as criptomoedas, e ainda permitirá alguns serviços como custódia, investimentos alternativos e trocas de moedas. Tudo isso acontecerá por meio de blockchain e contratos inteligentes que serão mediados pelo próprio Banco Itaú.
Outras soluções com Blockchain ainda em 2022
Além da nova solução que o Itaú está trazendo para os clientes, serão criadas outras três novas soluções com a utilização do Blockchain, também escolhidas pelo LIFT 2022 e com orientação do Banco Central. Uma das soluções será a Easy Hash – Microcrédito Descentralizado. A solução foi criada por Celso Jungbluth.
Ela será utilizada para prever uma tokenização de ativos financeiros que estejam em blockchain, para descentralizar o risco de crédito entre os próprios credores. Uma segunda solução prevê que haja uma integração entre o Real digital e uma blockchain pública, que será desenvolvida pela Lovecrypto LTDA.
Assim, será possível converter uma stablecoin dentro do blockchain Celo em Real digital, de modo que o Real brasileiro possa ser integrado com um blockchain público que roda na EVM. É possível que os clientes também possam utilizar o Pix com a nova solução.
A Nest utilizará contratos inteligentes e stablecoins, e provavelmente criará uma aplicação com as próprias regras de negócio para que o CCB, que é a Cédula de Crédito Bancário, seja integrada com stablecoins ou CBDCs, por meio de Pix ou TED. A previsão para começar a trabalhar no projeto é ainda em 2022, e provavelmente a entrega será feita até janeiro de 2023.
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