Bancos digitais

A pandemia chegou para mudar a vida de muita gente, e acabou acelerando algumas tendências do mercado. Uma delas foi o crescimento dos bancos digitais, que chegaram para mudar de vez a nossa relação com o dinheiro.
Afinal, agências fechadas, orçamento mais apertado e até a necessidade de receber o auxílio emergencial de maneira mais rápida contribuíram para que grande parte dos brasileiros abrissem uma conta digital.
Só para ter uma ideia, há dois anos o Nubank tinha 12 milhões de clientes. Hoje a instituição já ultrapassou os 40 milhões de usuários, ou seja, um salto expressivo em apenas um breve período de tempo.
O crescimento dos bancos digitais durante a pandemia
Mesmo antes da pandemia, a digitalização dos bancos já era vista como uma tendência. Inclusive, essa movimentação havia começado alguns anos antes. Contudo, nos últimos dois anos o crescimento foi estrondoso.
Não só no número de usuários que passaram a optar por ter uma conta em um banco digital, como também no número de instituições que chegaram para competir. Dentre os principais players estão o Nubank, Inter, C6 Bank, Neon e até o Banco Pan.
Maxnaun Gutierrez, head de Produtos e Pessoa Física do C6 Bank, observa que além das medidas de isolamento e da necessidade de conter gastos, o pagamento do auxílio emergencial mais rápido também levou muita gente a abrir conta na instituição.
Afinal, quando o auxílio emergencial é liberado, há um tempo para que possa ser sacado, contudo, é possível pagar contas na hora. E como os bancos digitais permitem depósitos por meio de pagamentos de boletos, essa foi a solução encontrada por muita gente.
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Crescimento dos bancos digitais superou o crescimento dos bancos tradicionais
De acordo com uma pesquisa realizada pelo C6 Bank em parceria com o Ipec em abril deste ano, 57% dos entrevistados disseram que abriram contas em bancos digitais nos últimos dois anos após a pandemia.
No entanto, 47% das pessoas disseram que ainda são clientes dos bancos tradicionais, sendo que 10% delas disseram ter abandonado de vez essas instituições. A pesquisa também mostrou o grau de satisfação dos consumidores.
Para se ter uma ideia, 41% deles afirmaram estar totalmente satisfeitos com os bancos digitais, e 25% disseram o mesmo em relação aos bancos tradicionais. Ou seja, há uma grande diferença de satisfação aí.
Além disso, a pesquisa também mostrou que o acesso é maior entre a população mais jovem. Pois, entre os brasileiros de 16 a 24 anos as transações nos bancos digitais (51%) já superam as dos bancos tradicionais (41%).Vale destacar que a pesquisa ouviu duas mil pessoas das classes A, B e C que possuem acesso à internet.
Banco Central teve um papel importante neste crescimento
Embora a população tenha se habituado rapidamente ao mundo digital, houve um papel de regulação importante do Banco Central. Pois, ele foi bastante sensível à necessidade da população brasileira neste momento.
Até porque, a instituição levou a proposta de abertura 100% digital de uma conta corrente, além de criar outros mecanismos importantes como o Pix e o Open Finance que estão contribuindo para a digitalização dos bancos.
Dessa forma, não são apenas os bancos digitais que estão brigando pela atenção dos clientes. Os bancos tradicionais também estão se adaptando e lançando novos serviços para manter e fidelizar os seus usuários.
Rafael Schiozer, professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV Eaesp), diz que a onda dos bancos digitais acelerou o processo de digitalização que demoraria mais tempo para chegar às instituições tradicionais.
Ele ainda destaca que as próximas áreas que devem ver mudanças significativas são as de pagamento e de crédito na medida em que o open finance vai sendo introduzido por aqui. É o futuro chegando de vez em nossas vidas.
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