segunda-feira, novembro 4, 2024

Pesquisa mostra que pandemia eleva busca por educação financeira

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Pandemia eleva busca por educação financeira

educação financeira

Esse ano foi difícil para muita gente. Por conta da pandemia, a renda ficou mais curta, e o orçamento mais apertado para grande parte das famílias brasileiras.

Com menos dinheiro, fomos obrigados a enxugar daqui e dali para conseguir honrar os nossos compromissos. E isso nem sempre é fácil. Para conseguir melhorar essa gestão, houve, portanto, um aumento na busca por educação financeira.

Isso é o que revela uma pesquisa feita pelo instituto Locomotiva, a pedido da Xpeed, braço educacional do grupo XP Inc. Quer saber mais? Então vem com a gente.

O que diz a pesquisa encomendada pela Xpeed?

A pesquisa feita pelo instituto locomotiva com 1.500 pessoas no mês de outubro, mostrou que três em cada dez brasileiros começaram a atrasar mais as contas neste ano.

Além disso, 51% dos entrevistados disseram estar insatisfeitos com a sua condição atual. Em resumo, o brasileiro enfrentou, neste ano de 2020, uma das maiores crises da história.

De acordo com Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, temos uma grande desigualdade social no país, e por isso apenas uma pequena parcela da população tem condições de planejar as suas finanças.

Só para ter uma ideia, a pesquisa mostrou que nos últimos doze meses, 7 em cada 10 brasileiros passaram pela experiência das contas não fecharem.

Fora isso, 58% dos entrevistados disseram que a sua atual condição financeira os impede de realizar objetivos que consideram importantes para suas vidas.

Já em relação ao futuro, apenas 31% dos entrevistados disseram se sentir confiantes sobre o planejamento para a aposentadoria.


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Maior busca pela educação financeira

Conforme é possível observar, os dados retratados pela pesquisa mostram que a atual situação financeira ainda é desconfortável para grande parte da população.

No entanto, essa dificuldade que foi agravada neste ano colaborou para o aumento na procura por educação financeira no país.

Só para ilustrar, 41% dos entrevistados disseram ter começado a pesquisar mais sobre educação financeira, ao passo que 47% disseram que passaram a pensar mais no futuro.

Além disso, 53% dos entrevistados também afirmaram que a pandemia os motivou a sair da zona de conforto. Ou seja, foi um mal que de certo modo acabou vindo para um bem.

Meirelles explica que agora os brasileiros estão menos imediatistas. Por isso, estão olhando para o futuro de uma forma mais estratégica.

Ele ainda diz que faltam ferramentas para muitas pessoas, mas que grande parte dos brasileiros querem chegar ao futuro de uma maneira financeiramente mais confortável do que seus pais chegaram hoje.

Os desafios da educação financeira no Brasil

De acordo com a pesquisa, apenas um em cada 10 brasileiros (8%) acertaram todas as respostas de um questionário feito sobre investimentos e apenas quatro em cada 10 brasileiros sabem o que são os juros compostos.

Além disso, 56% dos entrevistados erraram na resposta que avaliava a compreensão sobre os efeitos concretos da inflação na economia.

No entanto, apesar das dificuldades, 90% dos entrevistados disseram que gostariam de saber como investir, organizar as receitas e despesas e planejar o futuro.

Por isso, a CEO da Xpeed, Izabella Mattar, disse que o assunto tem ganhado mais relevância nesses últimos meses, mas reconhece que os desafios ainda são enormes.

De acordo com a executiva, ainda há muita crença limitante em relação ao dinheiro. Muita gente acredita ainda que os investimentos estão restritos a grandes investidores, e não sabem como é possível se organizar financeiramente.

Sendo assim, algumas fintechs estão procurando ajudar a população nesse sentido. Esse é o caso da Serasa, que está oferecendo o curso Trilha Financeira 100% online e gratuito.

Afinal, se a educação financeira melhorar no país, todos saem ganhando. Gostou deste artigo? Então compartilhe com seus amigos nas redes sociais.

José Carlos Sanchez Júnior
José Carlos Sanchez Júnior
José Carlos é escritor e redator com formação acadêmica em Administração de Empresas e MBA em Gestão Financeira Controladoria e Auditoria formado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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