Banco Revolut
Nos últimos anos, os brasileiros acompanharam a curva da evolução dos bancos digitais no Brasil subir a uma velocidade incrivelmente alta. E agora, para competir à altura dos principais concorrentes, finalmente chegou ao Brasil o Banco Revolut.
Ele foi desenvolvido por Glauber Mota, ex-sócio do BTG Pactual. Entre os bancos digitais, ele ocupa atualmente a segunda posição em termos de valor de mercado na Inglaterra, e no Brasil, está atrás apenas do Nubank.
Atualmente tem uma cartela com mais de 18 milhões de clientes em 35 países. Seu valor de mercado foi avaliado em R$ 155 bilhões, e quando abriu capital no Brasil, chegou a bater os R$ 231,4 bilhões de valor de mercado.
Revolut chega para competir com os maiores bancos
É inevitável comparar, mas Glauber Mota afirma que a ideia não é transformar o Revolut em um banco com o mesmo propósito do Nubank. “O Nubank é abrangente, vai na base da pirâmide”, afirma. “Eu diria que vou ser muito mais comparável a um C6 do que a um Nubank no longo prazo”, afirma Mota.
De todo modo, o Banco Revolut estima para o Brasil um público muito abrangente, tendo o quinto maior mercado. No entanto, a estratégia inicial não será atacar com o crédito, setor que o Nubank já domina, mas sim oferecer alguns diferenciais que não são o foco dos outros bancos digitais.
O carro-chefe do Banco Revolut é a conta global, que vai entrar em competição direta com as casas de câmbio. Elas são o principal meio pelo qual os brasileiros compram moedas quando decidem viajar para o exterior.
O aplicativo do banco vai oferecer mais de 28 moedas para câmbio, cada uma com sua respectiva carteira. Além disso, atualmente, o brasileiro paga 6,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que com o aplicativo do Banco Revolut, cairá para 1,1%, uma vez que será uma transferência para contas internacionais de mesma titularidade.
Há espaço para o banco no Brasil?
O caminho que Mota pretende seguir no Brasil será semelhante a como ele iniciou na Europa em 2015, quando oferecia um único produto de viagem. O app foi expandido para outros países, como Estados Unidos, Japão, Austrália e Singapura, e no segundo semestre de 2021 chegou à Índia. Agora, está chegando ao Brasil e ao México ao mesmo tempo.
O ponto é que outros bancos digitais do exterior que chegaram ao Brasil estão patinando para conseguir competir com os bancos nacionais e se estabelecerem no mercado, mas para Mota, existem algumas vantagens em chegar algum tempo depois no mercado.
Para Mota, o fato de a grande maioria da população já ter uma conta digital é uma barreira a menos, e o Revolut não vai priorizar exclusividade de correntistas. “Não tem problema o cliente ter outros bancos. Eu não preciso ser o único. Eu preciso ser o que ele usa mais ou o que ele gosta de usar. Se, porventura, se transformar no único, melhor ainda”, diz Glauber. “Eu prefiro ter um número menor de clientes muito satisfeitos e engajados do que ter uma base muito maior, mas que transaciona menos.”
Assim como Banco Inter, C6 Bank e Nubank, o Revolut Bank vai apostar na desburocratização dos processos e na experiência do cliente para crescer de forma escalável, apostando também no famoso marketing “boca a boca”, que foi como o Nubank cresceu. “Esse mercado em que a Revolut é mais forte, de viagem e câmbio, é muito mal-servido no Brasil ainda”, finaliza Mota.
Apesar de estarmos em meio a uma crise e em pleno ano eleitoral, em que nossa economia estará bem volátil, Glauber afirma que é um bom momento para entrar no mercado, especialmente em termos regulatórios.
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