Acordo Certo
De acordo com a Receita Federal, mais de 4 milhões de contribuintes vão receber a restituição do Imposto de Renda na sexta-feira (30). Esse será o segundo lote de pagamento, e enquanto algumas pessoas não sabem o que fazer com o dinheiro, outras já têm um destino certo para ele.
Segundo uma pesquisa realizada pela Acordo Certo, pelo menos 34% dos contribuintes vão utilizar o dinheiro para pagar dívidas, 31% vão usar o dinheiro para pagar as contas de casa, e pelo menos 19% vão utilizar o dinheiro para investir em algum fundo de renda fixa ou variável.
Nem sempre os valores da restituição são relevantes, mas na atual conjuntura, qualquer dinheiro extra pode ser muito bem-vindo. Pensando nisso, preparamos um pequeno guia que pode ajudar você a definir uma finalidade para o dinheiro que você tem para receber do IR. Confira a seguir.
1- Quite as dívidas
Aproveite o valor da restituição e pague suas dívidas. De acordo com Isabella Brandão, economista, a pior coisa é ficar no vermelho. Além disso, o dinheiro pode ser utilizado também para adiantar parcelas, diminuindo assim o valor dos juros de algum financiamento que você possa ter.
As dívidas se acumulam, e como são calculadas em cima de juros compostos, podem virar uma bola de neve. De acordo com Bruna Allemann, educadora da Acordo Certo, “antes de isso acontecer, o consumidor deve se organizar financeiramente, entender quais dívidas são mais urgentes e utilizar o dinheiro restituído para acertar as contas”.
E segundo Myrian Lund, professora da FGV, “o usuário deve buscar o credor para melhorar as taxas de juros ou, a depender do valor, negocie para pagar à vista e quitar a dívida com o dinheiro da restituição. É pouco provável que a dívida tenha juros menores que 13% ao ano. Muitas dívidas como, cartão de crédito ou consignado, têm juros bem superiores. Compensa, então, adiantar parcelas ou quitar o débito em vez de deixar rendendo em alguma aplicação atrelada à Selic, que hoje está em 13,25% a.a.”, completa.
2- Crie a sua reserva de emergência
Caso você não tenha nenhuma dívida, então a sugestão é começar a acumular a sua própria reserva de emergência, que pode ser utilizada em casos de imprevistos, como um acidente, demissão ou doença. O recomendado é ter pelo menos 6 vezes o valor dos gastos mensais. Se a média de despesas gira em torno de R$ 2 mil, tenha pelo menos R$ 12 mil.
Segundo Brandão, “por mais que o dinheiro da restituição nem sempre seja um valor muito alto, é um dinheiro que pode auxiliar na construção da reserva de emergência. Qualquer valor nesse montante representa mais segurança para o dia a dia”.
Mas se for possível acumular um valor maior, melhor para você, pois em casos de imprevistos você terá uma segurança ainda maior caso tenha mais dinheiro guardado na sua reserva de emergência.
3- Faça investimentos
Por fim, se você não tiver dívidas e já tiver montado sua reserva de emergência, então o melhor que pode ser feito com o dinheiro é investir. Considere investir em títulos públicos de curto e longo prazo que estejam atrelados à taxa Selic, como Tesouro IPCA+2026, IPCA+2035 ou mesmo IPCA+2045. Com a Selic a mais de 13,5% ao ano, essas opções de investimentos voltaram a ser uma boa opção.
“Especialmente se o contribuinte já estiver na modalidade do PGBL, porque vai conseguir deduzir as contribuições até o limite de 12% da renda bruta tributável ao ano da base de cálculo do IR. E, com isso, pode aumentar a restituição do exercício seguinte”, complementa Brandão.
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