Fintechs x Bancos Tradicionais

As fintechs estão se tornando as queridinhas dos consumidores. Afinal, chegaram ao mercado com serviços mais personalizados, preços mais acessíveis e com menos burocracia.
Segundo a Abstartups, são aproximadamente 600 bancos digitais espalhados pelo país e de acordo com o Instituto Locomotiva, em parceria com a TecBan, 42% dos brasileiros já possuem contas em bancos digitais.
Esse crescimento das fintechs passou a causar um certo desconforto nos bancos tradicionais. Quer saber um pouco mais sobre essa guerra entre fintechs e bancos tradicionais? Vem com a gente.
Conflito entre fintechs e bancos tradicionais
A chegada das fintechs parece ter mexido com os bancos tradicionais. E a guerra entre elas parece estar longe de acabar. Afinal, recentemente o conflito ganhou mais um novo capítulo evidenciando a rivalidade entre os setores.
A Zetta (Associação fundada pelo Nubank, Mercado Pago e Google) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) trocaram alfinetadas sobre as taxas de juros. Isso mostra que o conflito ainda está longe de acabar.
Paulo Castro, CEO e cofundador do Contbank, que é uma fintech especializada em produtos para pequenas e médias empresas, diz que as fintechs são apenas uma resposta à própria ineficiência e excesso de burocracia dos bancos tradicionais.
De acordo com o executivo, foram os próprios bancos que criaram a necessidade de uma alternativa a eles. Ou seja, foi por conta dessa ineficiência que os clientes passaram a ver nas fintechs uma boa oportunidade para contratar serviços financeiros.
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Bancos tradicionais sempre foram caros e ineficientes
Paulo Castro destaca que durante muitos anos os consumidores se viram presos em uma instituição que oferecia pouca flexibilidade e vantagens. Sendo assim, o surgimento de fintechs permitiu o barateamento de novos serviços.
Por conta disso, os bancos tradicionais tiveram que começar a se reinventar, e isso gera um certo incômodo nas grandes instituições. Castro acredita que essa briga entre os bancos tradicionais e digitais está longe de acabar.
Ele afirma que a chegada do marco regulatório não vai pôr fim à guerra, uma vez que a intenção é igualar duas categorias que não são iguais. Ele explica que não é justo cobrar de uma fintech o mesmo de um banco já consolidado.
O executivo destaca que caso isso aconteça, o Brasil perderá diversas fintechs que possuem um imenso potencial de crescimento. E ainda que não exista um marco legal das fintechs propriamente dito, há um conjunto de leis que afetam diretamente as startups financeiras.
Marco Legal das Startups
Atualmente, a Lei nº 12.865/2013 permitiu que várias instituições financeiras fossem reconhecidas e pudessem fazer transações, emissão de cartões e gestão de contas, por exemplo.
Depois de sete anos, o Banco Central criou o Sandbox Regulatório por meio da Resolução CMN nº 4685/2020 que permite às fintechs realizarem testes e experimentos para inovarem o sistema financeiro nacional.
E no ano de 2021 foi sancionada o Marco Legal das Startups que passou a respeitar as particularidades das startups em questões de investimentos, trabalhistas e tributárias. Embora tenha sido comemorado, alguns pontos ficaram a desejar.
A Associação Brasileira de Startups (Abstartups), por exemplo, apontou em carta aberta que o Marco Legal não contempla incentivos a investidores anjos e nem a regulamentação das opções de participação em ações para colaboradores, as stock options.
Portanto, a guerra entre bancos e tradicionais ainda está longe do fim. No entanto, o que esperamos é que os órgãos reguladores entendam como o desenvolvimento desse setor é bom para todos os consumidores brasileiros.
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