Queda de ações
No início deste semana, as ações do Itaú Unibanco e do Banco Inter iniciaram o pregão em ampla desvalorização. Por mais que possa parecer que haja uma relação, a verdade é que os motivos para a desvalorização são completamente diferentes nos dois casos.
Na sexta-feira (01) as ações preferenciais do Itaú (ITUB4) fecharam o pregão acima dos R$ 29,77 e iniciaram a segunda-feira (04) operando abaixo dos R$ 24. Essa queda não é vista como uma desvalorização do negócio, mas sim um ajuste de preço.
Já o caso do Banco Inter é diferente. A desvalorização está relacionada à saída de investidores do setor de tecnologia, assim como a possibilidade de aumento dos provisionamentos da empresa. Quer saber mais? Vem com a gente.
A queda na cotação das ações do Itaú Unibanco
Conforme antecipamos, as ações preferenciais do Itaú Unibanco (ITUB4) iniciaram o pregão de segunda-feira (04) operando abaixo dos R$ 24. A queda é vista como um ajuste do preço das ações após o “divórcio” definitivo com a XP.
Vale destacar que em 2017, o Itaú comprou 49,9% da XP, que era avaliada em R$ 12 bilhões na época. Dois anos depois, em 2019, a corretora fez sua oferta pública inicial (IPO) na bolsa americana Nasdaq, sendo avaliada hoje em mais de R$ 120 bilhões.
O Itaú já vinha negociando a saída há meses do investimento. Em dezembro, o banco havia vendido uma fatia de 5% que tinha na empresa e separado o restante em uma empresa chamada XPart, que agora será incorporada à XP.
Dessa forma, os acionistas controladores do Itaú receberão ações da XP, ao passo que os demais investidores terão parte das ações que eram do Itaú convertidas em BDR´s da XP (XPBR31) que replica o desempenho da XP na Nasdaq.
Na prática, os investidores não terão perda financeira com a operação, apesar do ajuste de preço que aconteceu nas ações do banco. Dessa forma, esse ajuste de preço não é visto como uma desvalorização do negócio em si.
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A queda na cotação das ações do Banco Inter
O caso do Banco Inter é um pouco diferente do Itaú. O pregão da última segunda-feira (04) mostrou que as ações da empresa estão realmente frágeis, e por isso estão colhendo uma queda superior a 20% no último mês.
A desvalorização é uma consequência natural da saída de investidores do setor de tecnologia, assim como a possibilidade de aumento dos provisionamentos da empresa, que são aumentos das reservas para possíveis calotes de carteiras de crédito dos bancos.
Isso quer dizer que os acionistas temem que o Inter tenha que reservar mais dinheiro para se resguardar e deixar de investir em crescimento. Essa necessidade de reservar mais dinheiro para possível calote, pode ter relação com o aumento na concessão de limites de cartão de crédito que foram concedidos recentemente.
Vale destacar que mesmo a informação de que o banco alcançou 14 milhões de clientes no terceiro trimestre deste ano, que representa 94% de crescimento em relação ao ano passado, não foi capaz de reverter a queda.
Para tentar amortecer a desvalorização, o Inter chegou a divulgar uma prévia operacional em que mantém a provisão em relação aos trimestres anteriores, representando 2,5% da carteira de crédito.
Portanto, apesar de parecer algo relacionado ao mercado de modo geral, a queda nas ações do Banco Inter e do Itaú, nada tiveram nada a ver uma com a outra, sendo que cada uma tem as suas razões para acontecer.
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