Economia: brasileiro perde renda em 2020

A crise causada pela pandemia do novo coronavírus na economia fez sete em cada dez brasileiros perderem parte da renda em 2020.
Os dados são da fintech de soluções voltada para o bem-estar financeiro dos consumidores, Acordo Certo.
A pesquisa foi realizada com 1.487 pessoas entre os dias 11 e 14 de agosto. Por conta da perda da renda, 82% dos entrevistados priorizaram alguma conta a ser paga, em detrimento de outra, no primeiro semestre deste ano.
Ainda de acordo com a pesquisa, desses 82%, 74% ainda não haviam conseguido regularizar todas as suas contas.
Impacto do Covid-19 na economia
Esses dados revelam um pouco do impacto causado pelo Covid-19 na economia brasileira e na vida financeira das pessoas.
Para se ter uma ideia, 70% dos entrevistados declararam que perderam totalmente ou parcialmente a renda familiar. Isso representa 7 em cada 10 brasileiros.
A pesquisa também mostrou que metade dos entrevistados não teve alteração na situação de trabalho. Embora uma parte deles teve a jornada reduzida com redução de renda.
Para driblar a queda na receita, os brasileiros tiveram que deixar algumas contas para trás. E as negociações de dívidas vieram para as contas que os consumidores deixaram de pagar.
Entre elas, a fatura do cartão de crédito e também a conta de luz, que deixaram de ser pagas por quem perdeu a renda.
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Aumento do pedido de empréstimos
Um outro dado revelado pela pesquisa é que 53% dos entrevistados precisou pedir dinheiro emprestado para pagar as dívidas.
Uma das formas encontradas para conseguir quitar as contas foi o parcelamento e a diminuição de juros delas.
Além disso, 71% dos entrevistados negociaram dívidas pela Acordo Certo. Desse total, 35% disseram ter contraído dívidas em virtude dos efeitos da pandemia.
Grande parte dos entrevistados que solicitaram o saque emergencial do FGTS ou o auxílio emergencial, disseram usar o benefício para pagar contas atrasadas ou comprar alimentos.
Os entrevistados também disseram usar o benefício para pagar as contas mensais e os empréstimos que precisaram ser tomados.
Perspectiva futura da economia
Mesmo diante da turbulência, grande parte dos entrevistados disseram estar buscando a renegociação das dívidas. Ou seja, eles estão buscando fazer acordos para não ficarem inadimplentes.
A fintech Acordo Certo realizou entre janeiro e julho de 2020, 1,5 milhão de renegociações. Isso mostra a preocupação das pessoas em relação ao endividamento.
Thales Becker, CMO da Acordo Certo, disse que as pessoas não gostam de ficar inadimplentes. Todavia, quando o orçamento aperta isso é inevitável.
Para Becker, nessa situação, é comum que as pessoas priorizem algumas contas mais urgentes e também a compra de comida.
O CMO da empresa, revelou que a pesquisa, realizada em maio, já mostrava que as pessoas achavam que não conseguiriam quitar todas as contas no curto prazo.
Becker acredita que assim que a situação se normalizar, as pessoas vão precisar de soluções para ajudá-las a retomar o equilíbrio financeiro.
O fim do auxílio emergencial e seus impactos
Com o fim do auxílio emergencial se aproximando, muita gente que ainda não recuperou totalmente sua renda e se mostra mais insegura.
Afinal, nos últimos dias vimos um aumento substancial no preço dos alimentos da cesta básica. Com destaque para o arroz e o óleo de soja.
São situações que podem levar a um aperto da renda das famílias. Principalmente das camadas sociais mais vulneráveis.
Portanto, para a fintech Acordo Certo, é preciso pensar muito bem no futuro de agora em diante. Até porque, ainda levará um tempo para voltarmos à normalidade.
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