Aumento na gasolina
Cinco reajustes somente em 2021. Em apenas dois meses a gasolina subiu 20,6% enquanto o Diesel subiu 11% nas refinarias.
Mas, o que justifica tanto aumento? Essa é uma pergunta realmente intrigante e a resposta vai muito além do poder de atuação do Governo Federal.
Afinal, apesar de ser uma empresa estatal, a política de preço da Petrobrás acompanha o mercado mundial, e o que se viu nos últimos dias foi um aumento no preço do barril de petróleo.
Somado a isso, o dólar que virou o ano cotado em R$ 5,19 já está valendo perto de R$ 5,40, o que também pressiona o preço do combustível no país.
Por que houve o aumento na gasolina?
Um dos principais fatores que faz o combustível estar tão caro é a valorização do barril de petróleo no mercado internacional desde o segundo semestre do ano passado.
Na ocasião, o mercado financeiro começou a projetar um crescimento da economia mundial para 2021. Por conta dessa especulação o valor do petróleo Brent disparou.
Para quem não sabe, o petróleo Brent é usado como referência de preço para a Petrobrás, e saiu de US$ 23 o barril em março de 2020 para US$ 54 em janeiro de 2021.
No entanto, alguns especialistas acreditam que o otimismo em relação à economia ainda fará o valor do combustível se elevar ainda mais nos próximos meses.
Desse modo, o valor do barril de petróleo deve bater US$ 59 ainda neste mês de fevereiro, e isso dá margem para novos reajustes tanto na gasolina quanto no diesel.
Só para ilustrar, em maio de 2020, o valor médio da gasolina estava em R$ 4,01 e saltou para R$ 4,61 em janeiro deste ano.
O mesmo aconteceu com o diesel que estava custando cerca de R$ 3,20 em maio do ano passado e saltou para R$ 3,68 em janeiro deste ano.
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Então a gasolina e o diesel vão continuar subindo?
De acordo com as expectativas do mercado, a gasolina deverá chegar a R$ 5 até maio deste ano, sendo que depois o aumento no preço irá perder fôlego. O mesmo deverá acontecer com o diesel que chegará em maio valendo R$ 3,90.
No entanto, por conta das dificuldades logísticas para a imunização da população e a falta de insumos para vacinas, o mercado financeiro deverá perder um pouco o otimismo nos meses subsequentes.
Então os próximos reajustes serão menos intensos. Inclusive a Agência Internacional de Energia já projeta um aumento na produção de petróleo em 2021.
Os países que compõem a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) diminuíram no ano passado a produção de petróleo.
Isso colabora para o preço do barril não cair, mesmo diante de uma queda elevada na demanda como aconteceu por conta do isolamento social.
Agora, com o aumento da produção e a queda do otimismo do mercado financeiro, a expectativa é que de maio em diante o preço do combustível se normalize.
E o governo federal não pode fazer nada?
O governo federal não pode interferir na política de preços da Petrobrás, uma vez que isso pode gerar distorções no resultado da empresa.
Se assim o fizer, acionistas que investem na Petrobrás irão ver a decisão com desconfiança, e isso acabará espantando os investidores estrangeiros.
Desse modo, cabe à população procurar meios alternativos de locomoção como caminhadas, bicicleta ou até mesmo o transporte coletivo.
Além disso, abrir contas em bancos digitais como o Neon também ajuda a evitar sair de casa para resolver problemas bancários.
No entanto, ao que parece, os reajustes serão mais intensos nesse comecinho de ano, chegando em uma normalidade depois.
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