sexta-feira, maio 16, 2025

Qual melhor investimento para 2020? Descubra!

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O ano de 2020 mal começou e o COPOM (Comitê de Políticas Monetárias) já realizou mais um corte na Selic. Mas, afinal no que isso impacta em relação à investimento?

Essa é uma pergunta bastante pertinente, afinal é preciso entender que embora muitos investimentos não são atrelados à Selic, ela funciona como um termômetro econômico, e entendê-la é fundamental para investir corretamente.

Antes de mais nada, vamos falar brevemente sobre a Selic. A taxa Selic nada mais é que a taxa básica de juros da economia. Ou seja, é o valor que o governo paga para os bancos para tomar dinheiro emprestado para honrar seus compromissos.

Quando a taxa da Selic cai, o governo tem como objetivo procurar aquecer o consumo, pois a poupança e os investimentos em renda fixa acabam sendo menos atraentes.

Entendendo o investimento em renda fixa

Conforme antecipamos, a taxa Selic sofreu um novo corte no início deste ano, e hoje está em 4,25% ao ano. Tanto a poupança quanto os investimentos em renda fixa, de certo modo acabam sendo afetados por essa queda da taxa de juros.

O CDB por exemplo, segue sempre o CDI que é a abreviação de Certificado de Depósito Interbancário. Esse é um indicador, da taxa de juros pagas pelos bancos que tomam empréstimos uns com os outros.

Normalmente, o CDI acaba sendo muito parecido com a Selic. Para se ter uma ideia, enquanto a Selic está em 4,25% no dia de hoje, o CDI está em 4,15%. Como o investimento em CDB é atrelado ao CDI, o seu rendimento será, portanto, próximo disso.

Agora vamos imaginar o seguinte: o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechou o ano de 2019 em 4,31%. Esse é o indicador de inflação mais usado na economia e representa o aumento geral de preços ao consumidor final. Guarde bem esses valores, para entender melhor o seu investimento.

Por fim, investir em CDB é um bom investimento?

Vamos agora à prática. Imaginemos um CDB que esteja remunerando o investidor em 100% do CDI. Logo, ao se aplicar um montante neste investimento teremos uma rentabilidade anual de 4,15%.

Vamos agora imaginar que temos R$ 100 mil reais e na data de hoje conseguimos comprar 100 unidades de um determinado produto que custa R$ 1 mil. Bom, como não queremos consumir hoje, decidimos então aplicar esse dinheiro em um CDB com remuneração de 100% do CDI.

Passados 12 meses, teremos o valor de R$ 104.150,00. Bom, nesse mesmo período, 1 unidade do produto citado foi reajustado à inflação de 4,31% passando a valer R$ 1.043,10. Ao decidir comprar esse produto, para saber quantas unidades conseguimos comprar basta usar a seguinte equação:

  • R$ 104.150,00 / R$ 1.043,10 = 99,84 unidades.

Repare que um ano antes, éramos capazes de comprar 100 unidades do mesmo produto. E agora, mesmo aplicando o dinheiro perdemos o poder de compra. Isso mostra que o investimento em renda fixa, atualmente, não é um bom investimento.


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Então onde e como investir?

Agora que sabemos que poupança e CDB não são investimentos atraentes, ao menos por enquanto, vem a questão: onde investir?

Essa é uma pergunta pertinente, e a resposta está em renda variável. Apesar de possuir mais riscos, quando bem diversificados, esses rendimentos podem chegar até 10% ao ano, o que garante uma rentabilidade acima da inflação.

Contudo, por se tratar de investimentos que possuem risco, o fundamental é primeiramente estudar muito e ouvir indicações de especialistas. Lembrando sempre, que deve-se diversificar a carteira de investimentos.

Por exemplo, ao invés de comprar 100 ações de uma única empresa, você pode comprar 10 ações de 10 empresas diferentes, afinal se uma for mal e a outra bem, você evita o prejuízo. Lembrando sempre que é preciso buscar bastante conhecimento antes de optar por investir nessa modalidade.

Hoje em dia existem diversos tipos de investimento em renda variável como fundos de ações, ações diretas, fundos de investimento imobiliário, entre outros. Essa opção é bem mais atraente que investir em renda fixa.

Gostou de saber um pouco mais sobre investimentos? Deixe o seu comentário, sua sugestão e compartilhe essa notícia nas redes sociais.

José Carlos Sanchez Júnior
José Carlos Sanchez Júnior
José Carlos é escritor e redator com formação acadêmica em Administração de Empresas e MBA em Gestão Financeira Controladoria e Auditoria formado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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