Não há mais como negar as evidências. O Covid-19 chegou ao Brasil com a mesma força que chegou em outros países. O que nos resta é procurar diminuir os impactos causados pela pandemia.
Estamos vivendo uma situação atípica. Bolsas do mundo todo simplesmente despencaram nas últimas semanas. Empresas com alto grau de alavancagem correm risco de insolvência nos próximos meses.
Diante do atual cenário, podemos levantar a seguinte reflexão: será que o modelo neoliberal está sendo colocado em xeque ou simplesmente está sendo reinventado? Ainda é cedo para responder essa pergunta de maneira objetiva.
No entanto, políticas econômicas amparadas no pensamento de John Maynard Keynes se fazem necessárias. O governo precisa, portanto, ampliar os seus gastos para manter a demanda agregada e evitar um recesso ainda maior na economia.
O futuro econômico do Brasil e do mundo
O Covid-19 trouxe diversas incertezas para a sociedade. Como ficará o mundo após a pandemia? Essa é uma pergunta que diversos economistas, sociólogos, filósofos e profissionais da saúde estão se fazendo.
O recesso econômico mundial é inevitável neste ano de 2020. Mas, qual será o seu tamanho? Ainda é difícil falar em números, mas diversas projeções já apontam para um PIB mundial em torno de 0,5% negativo.
No Brasil, a expectativa é que o PIB seja algo próximo de 0%, porém há quem acredite que o recesso pode ser muito pior, encolhendo o PIB em 6% ao ano. Na área social, problemas de infraestrutura irão exigir uma resposta rápida do governo. Afinal, sem uma ampliação de gastos na área da saúde, facilmente o sistema entrará em colapso.
E não precisa ir muito longe para amparar esse pensamento, pois o número de casos está dobrando a cada 54 horas. Persistindo esse ritmo, em uma semana o número de infectados atingirá algo perto de 10 mil casos.
O quadro fica ainda mais alarmante quando leva-se em consideração que 1 em cada 10 infectados é médico ou enfermeiro. Ou seja, eles precisam ser substituídos, mas por quem? Médicos cubanos? Novamente, se assim for o caso, a ideologia terá que ser deixada de lado pelo bem de toda nação.
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O que nos aguarda quando o Covid-19 se for?
Como vimos, no curto prazo não há como acreditar em dias melhores. Aliás, é bem possível que teremos dias difíceis pela frente. Os profissionais da saúde terão que se desdobrar para evitar que uma carnificina se instale.
O isolamento social é apontado como uma das alternativas, mas como isolar comunidades e favelas onde casas com apenas 1 ou 2 cômodos abrigam famílias de 6 pessoas? Ademais, nessas residências não há o mínimo de estrutura e saneamento básico para seus moradores.
Junte-se a isso o problema das crianças que muitas vezes precisavam da merenda escolar para se alimentar adequadamente. O quadro é sombrio. Mas, quando tudo isso passar, como ficaremos?
Continuaremos aceitando um país com favelas, sem saneamento básico, sem hospitais, ou passaremos a exigir um olhar dos nossos governantes sobre uma situação que até então passava despercebida para quem jamais pisou em uma periferia.
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