Vale a pena ter um cartão de crédito?
Muita gente se pergunta se vale a pena ter um cartão de crédito. No entanto, para responder essa questão é preciso levar alguns fatores em consideração.
Primeiramente você, precisa se perguntar para quê você quer usá-lo. Pois, esse é um dos fatores determinantes para saber se realmente vale a pena.
Ter um cartão de crédito à disposição não significa ter dinheiro. Dessa forma, quando a intenção é usá-lo para compras superficiais, é bem possível que você irá se atrapalhar depois.
Já se a finalidade é ter o crédito como segurança para uma viagem, uma eventual doença, ou algum gasto específico ou necessário, aí sim pode valer a pena ter um cartão de crédito.
Sabendo usar o cartão de crédito
Vamos imaginar que você está precisando de uma geladeira. Você fez algumas cotações e viu que o preço gira em torno de R$ 1.500, sendo que o valor pode ser parcelado em 12 vezes sem juros.
Você levantou suas contas, viu que as parcelas cabem no seu bolso, mas é preciso ter um cartão de crédito para fazer a compra. Nesse caso, o cartão é vantajoso e te ajudará a ter o bem mesmo não tendo este dinheiro guardado.
Além disso, é preciso entender que nunca se deve usar todo o limite do cartão. Apesar do parcelamento ser interessante, é necessário sempre deixar uma sobra do limite para uma eventual emergência.
Contudo, as compras por impulso devem ser evitadas. Pois, caso você se descontrole e não consiga pagar a fatura do cartão, certamente o valor dos juros será bastante corrosivo.
Como é cobrado os juros do cartão de crédito?
Quando você gasta, por exemplo, R$ 1.000 no cartão de crédito, mas só consegue pagar R$ 200 na fatura, a instituição financeira te emprestou R$ 800 por 30 dias.
Na próxima fatura, será cobrado juros sobre a diferença do valor total da fatura para o valor mínimo que você pagou. Essa diferença é conhecida como crédito rotativo, sendo ele um dos créditos mais caros do mercado.
Em média, os juros do rotativo do cartão giram em torno de 12,14% ao mês. Em aproximadamente 6 meses, o valor da sua dívida dobrará de tamanho. Portanto, muito cuidado com isso.
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Para não cair na bola de neve compare taxas
Como vimos, é essencial não entrar no crédito rotativo. Entretanto, sempre antes de solicitar um cartão é bom comparar as taxas praticadas por cada instituição e escolher a mais baixa.
Fora isso, quando você vê que não irá conseguir pagar a fatura total do cartão de crédito, ao invés de pagar o mínimo veja se o banco não possui uma linha de empréstimo pessoal com taxas mais atraentes.
Dessa forma, você irá ganhar mais prazo de pagamento e não irá entrar na bola de neve por conta dos juros exorbitantes do cartão. Entretanto, lembre-se que caso isso aconteça é preciso enxugar os gastos nos próximos meses.
Faça um bom controle financeiro para o bom uso do cartão
Para que você não se descontrole com o cartão, você precisa realizar um bom controle financeiro. Ou seja, levantar os seus ganhos, subtrair os seus gastos fixos todo mês e ver o que sobra.
Deste valor que te sobrar, poupe uma parte e o restante você poderá gastar no cartão. Vá então acompanhando os gastos para evitar que a fatura exceda esse valor.
Ter este controle é essencial para não pagar juros. Além disso, poupando uma parte do que ganha, você sempre terá uma reserva de emergência para eventuais imprevistos.
Use a regra dos 3 Ps para evitar o impulso
Por fim, para que você não caia na tentação de gastar mais do que pode durante o mês aplique a teoria dos 3 Ps. Ela é baseada nos seguintes pilares: Precisão, Prioridade e Possibilidade.
Então se pergunte: Eu preciso disso? Eu priorizo isso na minha vida? Eu posso pagar por este item na próxima fatura? Se as respostas forem sim em todas essas questões, então a compra é válida, caso contrário, repense.
Um bom controle do cartão de crédito, te possibilita ter mais ganhos do que comprando à vista. Pois, a maioria dos bancos hoje não cobra anuidade do cartão e ainda oferece vantagens para seus clientes.
Você pode ganhar milhas, pontos que podem ser trocados por produtos, e muito mais. Porém, o ideal é que você sempre mantenha o controle financeiro e emocional para não se ver endividado.
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