Salário mínimo em 2021 será de R$1.100

O governo federal anunciou nesta semana que o salário mínimo será de R$ 1.100 neste ano de 2021, ante R$ 1.045 em 2020.
O reajuste veio após o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgar que o INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor), acumulou alta de 5,45% em 2020.
No entanto, apesar da divulgação do indicador, o reajuste aplicado ao mínimo pelo governo foi de apenas 5,26%. Ou seja, menor que o INPC.
Para que o assalariado não perdesse o poder de compra, o reajuste do salário mínimo deveria ser de R$ 1.101,95 neste ano. O que deverá acontecer nos próximos dias.
Sempre o mínimo é corrigido pela inflação?
De acordo com a Constituição Federal, o salário mínimo precisa ser corrigido ao menos pela variação do INPC do ano anterior.
Contudo, isso não impede do reajuste ser maior do que a inflação, proporcionando ganhos reais de poder de compra ao trabalhador assalariado.
Isso aconteceu durante o governo de Dilma Rousseff que implantou aumentos reais acima da inflação. A proposta foi aprovada pelo Congresso e vigorou de 2011 até 2019.
O grande problema é que isso também causa um enorme impacto nas contas públicas, assim como pode gerar uma pressão inflacionária ainda maior.
Só para ter uma ideia, no Brasil, o salário mínimo serve de referência para 49 milhões de trabalhadores. Segundo cálculos do próprio governo, a cada R$ 1 de aumento no salário mínimo cria-se uma despesa de aproximadamente R$ 343 milhões.
Então não haverá perda no poder de compra neste ano?
Embora o salário mínimo seja reajustado pelo INPC, não deixando o trabalhador perder o poder de compra, 2020 teve alguns fatos atípicos.
Um deles foi a inflação concentrada no setor de alimentos que ultrapassou os 10% ao ano. Isso quer dizer que, considerando somente os alimentos, haverá perda no poder de compra.
Mas, como todas as famílias não gastam o ordenado somente com alimentos, acredita-se que o poder de compra será mantido em 2021.
O grande problema é que o INPC considera os hábitos de consumo das famílias com renda de até cinco salários mínimos para chegar na inflação.
Porém, famílias que possuem uma renda de um ou dois salários mínimos gastam mais com alimentação. E por isso vão sentir no bolso a perda no poder de compra.
Em resumo, uma inflação boa é aquela dentro da meta e bem distribuída, o que foi diferente de 2020, onde a inflação ficou mais concentrada em alguns segmentos.
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Como fazer para driblar essa perda de compra em 2021?
Para lidar com essa situação será necessário muito planejamento por parte das famílias brasileiras. Com um olhar mais crítico para o orçamento.
É importante, dessa forma, começar a marcar todas as entradas e saídas de dinheiro no mês, e avaliar onde será possível gerar cortes.
Uma alternativa é pensar em substituição de alimentos para evitar um impacto muito grande no bolso. Como por exemplo, substituir alguns dias da semana o arroz por macarrão.
Mas, embora nesse começo de ano sentiremos um pouco mais essa perda no poder de compra, a expectativa é de uma normalidade durante 2021.
De acordo com o último boletim FOCUS, os analistas de mercado acreditam que a inflação deverá se manter em 3,34% neste ano.
Além disso, a taxa de câmbio que também colaborou para o aumento de muitos itens deverá se normalizar em 2021, trazendo alívio para os trabalhadores brasileiros.
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